A auto-aceitação é caminho decisivo para uma boa auto-estima.
É o passo certeiro que definirá uma postura positiva consigo mesmo, estando satisfeito, de acordo e respeitando suas possibilidades, limitações, corpo e alma. Segundo Vera Lucia Ferreira, “Aceitar-se é honrar o ser que você é e a sua jornada. É dizer sim para si mesmo(a), sem esperar pelo sim do outro, como acontece freqüentemente.”.
A cada dia percebemos novas necessidades e pressões externas para sermos melhores, sermos como o tão famoso Dr. Fulano, o tão sucedido Sr. Ciclano ou ainda tão belo(a) quanto o(a) Miss Beleza. E estas pressões externas passam a fazer parte de nossas vidas de modo que já não mais conseguimos distinguir se elas vieram de fora para dentro de nós, ou se nós a criamos em nosso interior.
O resultado é que passamos a nos cobrar cada vez mais e nos esquecemos de nossa essência, de nossas qualidades e potencialidades. Estas não são mais valorizadas e ao contrário, esquecidas. Iniciamos uma seqüência de pensamentos nova, mas nada eficaz para nós, de que “o que sou hoje não é mais suficiente” e que “preciso ser de outra forma” ou ainda “preciso ser mais do que era antes” e ainda “devo ser e fazer como as pessoas me dizem ou são”.
Estes pensamentos tão comuns em nossas vidas passam a fazer parte do nosso eu e o que conseguimos visualizar a partir daí é o que o outro é, o que o outro tem; e concluímos o que “eu devo ser” e o que “eu devo ter” assim como a minha família. Neste momento, nosso corpo já não é tão bonito, aparentável ou saudável como deveria ser e já não temos posses ou propriedades que deveríamos ter.
Alguns conseguem lidar bem com estes pensamentos e necessidades incutidos pelo mundo moderno e vão vivenciando conforme acreditam que deve ser. Mas vários outras pessoas, já não sabem diferenciá-los ou adequá-los à sua realidade. E passam então a não se aceitarem como são e a desenvolver uma baixa auto-estima. Estes indivíduos passam a deixar as rédeas de sua vida nas mãos de demais pessoas, como amigos, família, colegas de trabalho que devem ou não aceitá-los, elogiá-los ou puni-los. E então agora com baixa auto-estima, já não acreditam e não gostam de si mesmas e as conseqüências disto podem ser nefastas nas áreas física, emocional e espiritual.
Surge a necessidade de tratamento e de uma transformação essencial para que estas pessoas sejam capazes de mudar sua vida, suas lógicas de pensamento e o aspecto que havia sido desmerecido, maldito e geralmente desrespeitado por tanto tempo. Ao proporcionar expressão e reconhecimento de todas as partes do ser, a transformação essencial oferece a oportunidade de mover-se em direção da totalidade, da auto-aceitação e da alegria. Exercícios durante a psicoterapia proporcionam que estas pessoas consigam se sentir seguras, agradecidas pelo seu potencial, cientes da beleza da vida, em paz e confiantes em si mesmas.
Segue abaixo uma Fábula de La Fontaine que bem ilustra a dificuldade de quem se deixa alienar aos outros, perdendo a sua liberdade de escolha, de pensar e de vida, dependendo de aprovação dos demais, o que acaba por colocar um fim na sua alto auto-estima.
Autora: Flávia Araujo de Sousa
Psicóloga – Viver Psicologia
A psicoterapia é um processo constituído de encontros semanais, de duração previamente determinada ou não, que visa conduzir o indivíduo ao desenvolvimento de uma maior percepção de si e do mundo, de seus comportamentos, pensamentos e sentimentos e das conseqüências destes sobre sua vida pessoal. Na psicoterapia, o cliente tem a oportunidade de ampliar suas possibilidades de compreensão e de entender melhor suas características, potencialidades e limites, a fim de utilizar este conhecimento em prol de sua estabilidade emocional e na efetivação de escolhas mais conscientes. |
O medo é um sentimento inerente ao ser humano diante uma situação de perigo ou risco real e tem por função nos proteger. As fobias são medos irracionais e intensos de um estímulo, situação ou objetos específicos que não têm justificativa na realidade ou que a maioria dos indivíduos não consideram como perigoso. Geralmente as pessoas percebem que seu medo é irracional, no entanto, sentem ansiedade que pode ser desde uma inquietação até o pânico, e não conseguem parar de ficar com medo, procurando evitar o objeto ou a situação temida. A ansiedade é caracterizada por tremor das mãos, sudorese, falta de ar, taquicardia e mal estar geral. Um medo, mesmo sendo irracional só é diagnosticado como fóbico quando interfere consideravelmente na vida diária de uma pessoa, isto é, atrapalha sua rotina, por exemplo, uma pessoa com fobia de elevador com um trabalho no 16° andar, poderia desistir do emprego a fim de evitar o uso do elevador. As fobias são mais comuns do que imaginamos, sendo um dos transtornos de ansiedade mais apresentados pelo ser humano, entretanto as pessoas com fobias muitas vezes encobrem seus sintomas eficazmente. As fobias são divididas em três grupos: Agorafobia: medo de estar em ambientes públicos, ficam temerosos porque “algo” poderia acontecer, e estando em meio a multidão seria mais difícil de escapar caso fosse preciso, seria o medo de ficar com medo e perder o controle. Pessoas que sofrem dessa fobia geralmente entram em pânico ao pensar que podem precisar de algum tipo de socorro, antes mesmo de tal situação ocorrer, é um medo antecipatório. Como é o tratamento para as fobias? O tratamento pode ser individual ou grupal com psicoterapia a fim de auxiliar o paciente no enfrentamento ao medo e diminuição da ansiedade que também pode ser feita com o uso de medicação. Ana Carolina Psicóloga – Viver Psicologia. |
O medo de dirigir está, atualmente, presente na vida de milhares de pessoas e este número só tende a aumentar visto a crescente cobrança da sociedade pelo perfeccionismo e senso de urgência.
O medo em si, é uma reação natural e de proteção do nosso organismo, mas que em excesso pode influenciar negativamente no nosso dia-a-dia, dificultando relacionamentos, planejamentos, causando dependência de outras pessoas, baixa auto-estima, discriminação daqueles que não têm medo em excesso e inclusive nos impedindo de sair de casa com o nosso próprio veículo, no caso do medo de dirigir. Causas do medo São várias as possíveis causas para o medo de dirigir, incluindo acidentes prévios de carro que geraram um estresse pós-traumático, o tipo de personalidade de cada um e pessoas que já têm outros medos e/ou transtornos psicológicos. Vale a pena lembrar que o medo de dirigir pode estar presente nas pessoas que vivenciam dois contextos diferentes. O primeiro é quando se decide obter uma CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e começam então os exames psicotécnicos e a ansiedade e os medos vêm a tona. Tudo o que é novo nos assusta e neste caso o medo de dirigir pode estar diretamente relacionado com o medo de avaliações, de ser testado e da possibilidade de reprovação. E a reprovação pode ocorrer desde os exames psicotécnicos, na prova de legislação e finalmente no exame de direção de rua. O segundo contexto ocorre com aquelas pessoas que já possuem a CNH e não têm coragem de comprar o seu meio de locomoção ou já possuem o carro ou moto, mas não conseguem ou não se “arriscam” a tirá-los da garagem. São várias as ocasiões que podem gerar medo nestas pessoas, tais como: medo de bater o próprio carro ou de causar um grave acidente com outros carros, medo do comportamento imprevisto de outros motoristas, medo de serem xingadas no meio da rua, medo de não saber como agir se algo der errado, medo de parar o carro em uma rampa, medo de o carro apagar, acreditar que não será capaz de manobrar e estacionar o carro de forma correta e etc. Estas pessoas acabam se acomodando à situação de não dirigir, inventando uma série de desculpas e explicações para os outros como as de que prefere ser passageiro a motorista, para não se cansarem e apreciarem as paisagens, de que não precisam se preocupar em estacionar o carro, não ficar estressados com o trânsito e outras. É fundamental que a pessoa que sofra de algum medo, assuma o seu sentimento, não sentindo vergonha, uma vez que é um problema cada vez mais comum e totalmente possível de ser solucionado. É importante que elas se sintam motivadas a querer dirigir, enfrentando o problema do medo para assim tentar resolvê-lo e ver o carro como um aliado, um meio de locomoção facilitador de sua vida, de suas decisões, passível até mesmo de trazer prazer e satisfação. Papel da psicoterapia A psicoterapia é para isto um excelente meio favorecedor para o enfrentamento e solução deste medo. Ela trabalha os aspectos emocionais e práticos ao mesmo tempo, através do resgate da auto-estima, redução da ansiedade, ressaltando os aspectos positivos da personalidade, levando o indivíduo ao autoconhecimento e criando comportamentos eficazes na situação de dirigir. Através de práticas de relaxamento, visualização e hipnose a pessoa poderá superar o seu medo e passar a dirigir conforme por ela planejado anteriormente e certa de que qualquer barreira ou medo que possa surgir são etapas da vida a serem enfrentadas e vencidas. Autora: Flávia Araujo de Sousa |
Várias pessoas podem se beneficiar do processo de psicoterapia. Algumas buscam tratamento psicológico em momentos de crise, como separação, perda de entes queridos, estresse pós-traumático, perda de emprego, mudança de cidade, dificuldades de relacionamento, problemas conjugais. Outras procuram auxílio da psicologia clínica para enfrentar sintomas de ansiedade, depressão, impotência sexual, estresse, fobias, síndrome do pânico, transtornos alimentares, entre outros.